segunda-feira, 29 de dezembro de 2008


algo invade o pensamento...

algo desprovido de magia ou euforia...

algo que me destrói a alegria...

algo que contamina o sentimento...

sem eu querer ele vem avassalador...

sem eu saber ele escurece o meu redor...

sem eu perceber ele vem cheio de dor...s

em eu deixar ele vem-me fazer chorar...

não lhe permiti a sua entrada...

não lhe deixei que isto me traga...

não lhe dei a direcção ou morada...

mas mesmo assim ele garantiu a sua estrada...

vai ardendo...minando...ganhando terreno...

conheço-o tão bem...

sussurra ao meu ouvido como ninguém...

com a mesma força que vem...

algo que irá passar...me largar...abandonar...

e quando isso acontecer...

a luz irá brilhar de novo no meu olhar...

mas até lá, até esta pedra se desfazer,

vai moendo,corroendo,

marcando e morrendo...

a minha bolinha de sabão colorida vai espreitando,

com as suas cores me pintando...

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008




quem disse que a felicidade não existe?


será ela simbolo apenas do sentimento do amor?


será ela escrava da dor?


será ela mentora da beleza de uma pequena flôr?


quiçá de tudo isso,mas de muito mais....


um sentimento que vale o que vale, ontem, hoje e amanhã...


uma alegria vivida em pleno,


seja ela na musica de uma companhia ou


na pureza de um calor ameno...


palavra tão simples e complexa, que o que tem de bela tem de adversa,


mas que cada um lhe dá o seu valor...


há quem a sinta num beijo,e como é mágico....


há quem a veja num sorriso, e que abrigo....


há quem a viva num sentimento, outros num momento,


tenha ela as cores que tiver, o saber que lhe advier,


ela vem nas pequenas coisas, pequenos traços,


desenhados com absolutos ou com pedaços,


certezas e impurezas,próprias das suas naturezas,


mas que cada um a sente á sua maneira,


isso sente...


utopia ou não, concreta ou não...


ela está lá, a um passo, a um segundo...


pronta a mudar o nosso mundo....


domingo, 21 de dezembro de 2008


"QUE DEUS ?

Quem quer que sejas, onde quer que estejas

Diz-me se é este o mundo que desejas

Homens rezam , acreditam , morrem por ti

Dizem que estás em todo o lado mas não sei se já te vi

Vejo tanta dor no mundo, pergunto-me se existes

Onde está a tua alegria neste mundo de homens tristes

Se ensinas o bem porque é que somos maus por natureza?

Se tudo podes porque é que não vejo comida á minha mesa?

Perdoa-me as dùvidas, tenho que perguntar

Se sou teu filho e tu amas porque é que me fazes chorar?

Ninguém tem a verdade o que sabemos são palpites

Se sangue é derramado em teu nome é porque o permites?

Se me destes olhos porque é que não vejo nada?

Se sou feito á tua imagem porque é que durmo na calçada?

Será que pedir a paz entre os homens é pedir demais?

Porque é que sou discriminado se somos todos iguais?

Porquê que os Homens se comportam como irracionais?

Porquê que guerras, doenças matam cada vez mais?

Porquê que a Paz não passa de ilusão?

Como pode o Homem amar com armas na mão?

Porquê?

Peço perdão pelas perguntas que tem que ser feitas

E se eu escolher o meu caminho, será que me aceitas?

Quem és tu? Onde estás? O que fazes? Não sei

Eu acredito é na Paz e no Amor

Por favor não deixes o mal entrar no meu coração

Dou por mim a chamar o teu nome em horas de aflição

Mas tens tantos nomes, és Rei de tantos tronos

E se o Homem nasce livre porque é que é alguns são donos?

Quem inventou o ódio, quem foi que inventou a guerra?

Ás vezes acho que o inferno é um lugar aqui na Terra

Não deixes crianças sofrer pelos adultos

Os pecados são os mesmos o que muda são os cultos

Dizem que ensinaste o Homem a fazer o bem

Mas no livro que escreveste cada um só leu o que lhe convém

Passo noites em branco quase sem dormir a pensar

Tantas perguntas, tanta coisa por explicar

Interrogo-me ...penso no destino que me deste

E tudo que acontece é porque tu assim quiseste

Porque é que me pões de luto e me levas quem eu amo?

Será que essa é a justiça pela qual eu tanto reclamo?

Será que só percebemos quando chegar a nossa altura?

Se calhar desse lado está a felicidade mais pura...

Mas se nada fiz , nada tenho a temer...

A morte não me assusta o que assusta é a forma de morrer...

Quanto mais tento aprender, mais sei que nada sei

Quanto mais chamo o teu nome menos entendo o que te chamei

Por mais respostas que tenha a dúvida é maior

Quero aprender com os meus defeitos, acordar um homem melhor

Respeito o meu próximo para que ele me me respeite a mim

Penso na origem de tudo e penso como será o fim

A morte é o fim ou é um novo amanhecer?

Se é começar outra vez então já posso morrer ..."



Boss AC



Hoje decidi dar algo diferente a este blog,para além das minhas letras.

Já por diversas vezes que o tive para fazer, e hoje achei que seria o dia.Porquê? Porque a letra desta música dita a pessoa ue sou, diz tudo do que penso,e melhor não o faria...A quem lê o meu blog sonhos, o meu sincero obrigado,e aos que não conhecem o meu blog Pensamentos, os convido a fazer, estando definido como "A minha outra criação" na barra lateral direita, onde parte de mim está escrita em tons menos metafóricos e idealistas, mas sentidas da mesma forma, mais casual.

A todos o meu mais que obrigado, por perderem tempo precioso a ler o que escrevo, e a comentar as letras que aqui são postas...Um bom fim de semana e um Santo Natal...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008


delirios...
delirios de uma alma sem par...
de uma flôr sem o seu desabrochar...

devaneios....
devaneios de tempos perdidos e alheios...
de explosões de amarras e freios...

sonhos...
sonhos presos e contidos...
rasgados em papeis esquecidos...

vontades...
vontades de abraçar o mundo...
de amaldiçoar cada segundo...

purezas...
purezas em simples alegrias...
em bolinhas de sabão coloridas...

pesadelos...
pesadelos vividos e escritos...
sonhados e convictos...

verdades...
verdades contadas em metades...
mentiras que encontram os seus pares...

quimeras...
as que caem em escadas imaginárias...
as que movem as sensações primárias...

amores...
amores quentes e dementes...
os que se iluminam as frentes...
os que dão de comer a quem tem fome...
os que dão de beber a quem tem sede...
os que aquecem quem tem frio...
os que preenchem o vazio...

palavras...
palavras que deixam marcas...
as que criam e apagam mágoas...

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

chocolate


como um chocolate embrulhado,

em papel dourado e amarrotado,

ao abrir, os sonhos vão-se soltando...

a musica que não se ouve ganha os seus tons e acordes,

como presente vindo nos nortes,

num frio que se revela quente....

como algo fundido no doce do seu encanto,

assim se vai construindo o seu manto...

envolvente e docemente,o presente se vai desembrulhando...

pincelado a carvão, com traços de sedução,

laivos de carinho e ternura,

assim se vai criando a mágica mistura...

como um anjinho que protege e cuida,

como um diabinho que almeija e perturba,

como o mistíco do chocolate,

o mesmo que nos presenteia mas que depressa parte,

assim vai sendo o seu sabor...

o agridoce da dança que na boca encanta...

dourado pelo sol da loucura,

amarrotado pela vontade que arde mas cura,

embrulhado em sonhos...

livre, como o pensamento o permite ser,

como o sonho o deixa permanecer,

solto e doce como o seu acordar,

insano como o seu desejar...

domingo, 14 de dezembro de 2008


um sentimento invade as entranhas....
um pensamento varre as varandas da sanidade,
algo que mostra uma verdade,
pura ou impura,
sagrada ou profanada,
quem sou eu para o catalogar?
algo que me impele e puxa,
tal fada com asas ou vassoura de bruxa,
numa noite calma e sã,
num delirio impróprio de alma pagã,
algo se mexe, se move, me comove...
um chamado forte,vibrante e gritante,
um aclamar de cores e sabores,
vindas daqui e dali, deste mundo e do outro,
da cor da prata, não...do ouro..
que luz e reluz, como estrela que me guia
nesta demanda, a de ser eu, franca,
mas como o ser num mundo cínico?
onde as supostas verdades prevalecem sobre as vontades,
as mesmas que a muitos sufocam,
a alguns incomoda e a outros estorvam...
diz-me como mostrar a pureza
através da palavra, da força da mesma,
diz-me como sobreviver num mundo que quer adormecer,
num ninho onde não há certo e errado,
onde se perderam valores e amores,
prevalecem as falsidades e os temores,
como acabar com as terriveis dores?
dizes-me que cego é quem não que ver,
mas será assim?não terá fim?
civilizações ancestrais com poderes reais,
metrópoles construidas sobre ruinas,
ideais surreais...
seja como for, luz, som, seja lá o que fores,
acredito que ainda hajam amores,
puros,imaculados, seguros,
cheios de poder como o teu ser...
cheios de alma como a tua calma..
cheios de amor como a tua dor....
paciência, peço-te paciência...
suplico-te clemência...
a mesma que me deste em tempos de escuridão,
a mesma que me ofereceste em horas de solidão,
as mesmas que acalentaram o meu coração...


sexta-feira, 12 de dezembro de 2008


ao longe um brilho...

no ouvido aquela melodia...

no pensamento aquele sorriso...

no corpo o cheiro a maresia...

ao longe o sonho perde-se no tempo...

perto a sensação de seda...

a um toque aproxima-se o norte...

um vazio que cai no abismo...

um chorar por lembrar...

um pesadelo que desfia um novelo...

um rol de lágrimas perdidas e esquecidas...

apagadas num silêncio que amordaça...

presas numa ilusão de um coração...

ao longe uma réstia de aroma doce e floral...

perto o desejo alemejado e carnal...

no pensamento a saudade...

no sentimento a dura verdade...

na vontade uma chama que arde...

na voz uma melodia que parte...

no escuro o malfadado segundo...

o mesmo que me fez mortal...

triste, vulgar e banal...

o mesmo que me levou o que de ti me restou...

sábado, 6 de dezembro de 2008


pego nas minhas asas e faço-me á estrada...
dou á chave e fiel responde...
tal condessa e conde unimo-nos e partimos...
sem sentimentos nem cruzamentos
levamos o sonho ao extremo...
sem paragens por cumprir ou sinais a obstruir,
o sangue leva o comandante...
o acelerador como propulsor, a gasolina a nitroglicerina
e o horizonte a nossa ponte...
a musica dá o mote para norte,
o travão perde a razão e o coração bate forte...
a adrenalina dita a sina, a consciência cede á minha demência
e a energia surge...o tempo urge...
a mesma que me faz ver a estrada como bela cruzada,
a mesma que me tira os limites impostos pela sociedade,
a mesma que me faz dobrar e ser cobarde...
agora não, hoje não, neste momento não!
as curvas assumem as duvidas, as lombas as minhas perdidas contas,
as impostas velocidades, as minhas mentiras camufladas em verdades...
asas que me obedecem no mundo dos que padecem,
penas e plumas que levantam as brumas, cores que me adivinham sabores,
vontades, desejos, verdades, anseios, os que acordada se perdem...
loucuras, delirios, prisões e destinos, esquecidos no pensamento...
Gata borralheira que sobe a carruagem e que não teme a viragem,
Branca de neve que nada teme nem treme,
nem maçã envenenada,nem bruxa malvada,
Espada de Excalibur como trunfo...
Asas que voam, almas que sonham, o céu como destino, a satisfação do tino,
as veias que se revoltam e enchem, as ideias que se juntam e se mexem,
a hora do sonho puro...a luz no escuro...

terça-feira, 2 de dezembro de 2008


Vem...vem se és corajoso...
Vem!!!
Hoje não te temo,
Hoje não me escondo,
Por isso vem cobarde, vem...
Nem as tuas cores negras, nem as penas que tanto ostentas,
Nem os teus cantos de sereias que com primor tanto me rodeias
me conquistam agora...
Hoje eu sou mais eu!
A que não desisitiu nem morreu,
A que luta sem medo da derrota, a que de coração aberto se mostra,
A que continua a acreditar que para ela há lugar...
Os teus poemas de desencanto na vida,
As tuas frases de loucura,
Que por vezes fazem sentido na minha amargura,
Hoje não prevalecem á pura alegria...
Bem sei que para este sêr não há lugar,
Que o meu sonho não tem par,
Mas não te julgues dono de mim...
Sou livre!!!
Nem que por breves momentos, seja nos meus pensamentos,
Os que não consegues dominar ou comprar,
Controlar ou domesticar...
Neles sou livre,
Como quem verdadeiramente vive...
O simples facto de não me defender
Não mostram fraqueza meu caro...
Mostram a riqueza que adquiri
Neste meu precioso fardo...
És mais forte que eu, daí a minha dependência...
Mas o teu sentido alerta
Sabe que ganhei a minha independência,
O meu ser vence neste mundo de querer...
As tuas cores vibrantes
Que me inebraiaram por instantes,
Perduram é certo...
Mas luto pelo que me mostras incerto,
Luto pelo que me mostras como sêr cego
Mas que tanto quer ver...
Vem Solidão, como uma noite quente de Verão
Que tantas vezes me aquece no Inverno...
Mas para que saibas, não te prezo nem te quero
Mesmo que me digas que não...
Mesmo que digas que sou a tua companhia perfeita,
Com que tantas vezes a tua sombra se deleita,
Te faço frente, pequena e carente,
Mas que protege a sua gente,
Cada pedaço de si, cada alma sua que sorri,
Cada lágrima sua que cai descrente,
Mas que a deixa cair, sorri e contente,
Por viver, por nascer,por morrer...

E que é bom viver...

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

cinzas


algo me corrói...

nem sei que nome irei dar

a este infame sentimento que dói...

de tons escuros e deprimentes,

com laivos e traços carentes,

de uma obscuridade tal

que transforma o meu sêr cor de cal...

ao pegar num dicionário que leio de ponta a ponta,

nem mesmo no seu contrário

encontro o que me deixa tonta...

sonho? nem por sombras...

um pesar tristonho?

tanto como as minhas forcas...

palavras não ditas porém escritas,

sonhos e pesadelos...são os meus delirios e flagêlos,

as minhas guerras e batalhas

que espalho no meu vento como se fossem cinzas...

migalhas de aço com que todos os dias me debato...

amostras de uma realidade surreal..

sonhos de um vagabundo fraco,

que perdeu o rumo num mundo banal...

sem caminho ou guia

segue o meu sêr vagabundo com o que almejou um dia...

uma luz subtil e sadia

uma lágrima perdida...uma alma limpa...

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Luz ténue


Vem...

A musica toca ao teu compasso...

Sinto o teu toque e acelero o passo...

Estás perto...Vem...

É o teu cheiro que me guia..

A estrela que me cega...

Domina-me com a tua presença,

Queres que te peça clemência? Eu peço....

Envolves-me na tua pureza?Eu cedo...

Queres que perca o olhar?

Vais-me fazer sonhar?imploro-te por tons de marfim...

Posso partir e viajar?diz-me que sim...

Dançamos o tango?até quando?

Esqueçi-me... O relógio não existe no nosso mundo...

Perdi-me...A vontade prevalece...

Encontrei-me...Neste preciso segundo...

A minha alma da sua falta padece...

O meu sorriso do teu abrigo...

Conta-me a verdade...

Vens...por mim? Porque estou aqui?

Serei eu a tua luz que se revelou ténue?

A que agora se perde? Eu ajudo-te... Permites?

No sombrio do dia, uma noite se mostra repleta de cores,

No mapa da vida a minha paleta é rainha no teu pregaminho,

E com elas pincelo o teu caminho...

O mesmo que te leva a mim....

Vem...

Deixa-me sentir a tua utopia...

A mesma que alimenta a minha...

Deixa que pelas nossas janelas

Saiam os gritos das nossas aureólas,

Como que com presunção anjos fõssemos...

Num sonho tudo é permitido,

Desde o simples silêncio até ao estridente grito...

O mesmo que nos leva a viver...

O de imaculadamente amar e depois morrer...

domingo, 23 de novembro de 2008

alegria...sê minha...ou não...


que sentimento este....

faz-me voar, levitar,

como se fosse feita de puro ar...

envolve-me, inebria-me,

consome-me, contagia-me,

como se fosse uma pluma no seu sublime voar...

como me fazes ver o luar

com cores de encantar,

como me fazes pensar

que amanhã vou-me levantar,

e sorrir...

sem ti a vida não teria essência,

a praça não teria gente,

eu não estaria presente,

a musica não tocaria tão crente...

alegria, dá-me a benesse do teu toque....

permite-me partilhar-te,

deixa que te espalhe como noticia

que acaba de ser publicada,

deixa-me guardar-te na minha almofada,

dá-me um pouco de ti para que seja feliz...

pinta-me com as tuas cores de mandarim...

bafeja-me com o teu cheiro a alecrim...

presenteia-me com o teu toque de cetim...

alegria...

sê minha!!!

hoje, amanhã e depois...

eu e tu, como se a dois

pintássemos o mundo...

eu e tu, como se duas penas

escrevessem a carta de amor mais bela

de que há memória,

aquela que faz nascer sorrisos,

aquela que de nós

ficou marcada na história...

alegria, te ofereço a quem te quiser abraçar,

te dou como legado precioso,

te presenteio a todos os que amo,

e mesmo a quem de nada reclamo,

te ofereço com a mesma pureza

com que vieste até mim...

alegria...

que nunca chegue o teu fim...









sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Estrada


Caminho por esta estrada,

Vagueio por este caminho,

Tenho como companhia a minha espada,

Como cruz o meu destino...

Passo pelas multidões transparente

respirando um ar cansado,

Acompanho evoluções inerente

a um presente ou a um passado...

Como certeza carrego os diasque passaram,

Como dúvida encaro os diasque hão-de vir...

No pensamento tenho a lembrança

dos sabores que perderam o valor,

Na consciência tenho a demência de um louco feliz...

De um ser insano e profano...

De um adulto com alma de criança...

De um luar mundano,

De um sonho e uma esperança...

Numa flôr revejo o mundo,

Num sorriso um segundo...

Na tristeza a pureza,

Num olhar desiludido uma cruel frieza,

A dureza da mesma estrada

por onde vagueio e caminho...

Eu e minha espada,

A minha cruz e o meu destino...

terça-feira, 18 de novembro de 2008


as palavras surgem,
a caneta escreve sem parar,
muitas vezes sem sentido
ou maneira de estar...
o cérebro não assimila
o que pede a euforia,
o coração não aguenta
a corrida sedenta...
a de escrever, escrever, escrever...
a musica invade os ouvidos
os gemidos ganham voz
e o pensamento torna-se veloz...
tanto para ver ou viver,
tantos pensamentos em desistir...
tantas palavras amigas
para quem as merece...
tantos sentimentos nobres
para quem deles padece...
como é bom se exprimir
soltar os medos e sorrir...
como é bom ver o arco-iris
por detrás de uma nuvem cinza,
como é triste não ter
uma alma sincera e amiga...!!!!
a caneta apenas escreve o que se quer,
a alma espelha o sorriso que não sai...
a boca cala o que o coração grita,
mais uma loucura minha que aqui vai...

quinta-feira, 13 de novembro de 2008


saudade...

da inocência e da magia...

saudade...

da pureza e da leveza...

saudade...

da essência e existência...

maldade...

o tempo não pára...

maldade...

mais um dia que acaba...

maldade...

mais uma alma que se apaga...

confuso...

incrédulo e trémulo...

confuso...

o minuto que se forma depois do segundo...

triste...

o coração que a tudo assiste...

triste...

o cerco aperta..

a praia está deserta...

vento...

o que me leva o pensamento...

o que me rouba o sentimento...

o que me envolve na areia...

o que me desnorteia...

loucura...

camuflada e segura...

loucura...

a que sempre perdura...

mudança...

a força em forma de lembrança...

a chave da preserverança...

saudade...

maldade....

confuso...

triste...muito triste...

vento... a seu tempo...

loucura...pura...


quinta-feira, 6 de novembro de 2008


ao olhar para uma imagem,

penso na minha miragem...

um mundo limpo de culpas,

sentimentos tenebrosos,

pensamentos escalabrosos,

pessoas e acções que não enchem os corações...

um mundo cheio de cores,

repleto de dádivas e amores,

coberto de sensações e tremores,

impregnado de doces odores....

na minha miragem há sempre lugar

para quem por bons valores queira lutar,

que ideiais com sentido queira abraçar,

que crianças queira amar...

no mundo criado por mim

as ruas vestem-se de cetim,

os palhaços fazem rir sem fim,

as musicas tocam assim...

ao olhar para a mesma imagem,

vejo que a minha miragem

é que nem baralho de cartas a criar um castelo,

com um sopro mais forte caem,

os sonhos depressa se desfazem,

as bolinhas de sabão depressa partem...

de volta ao mundo actual,

vejo que tudo que sonhei é banal...

terça-feira, 4 de novembro de 2008




um pássaro voa...


uma folha dança no vento...


uma voz ecoa...


foge um pensamento...


o sol deita-se cansado...


a lua levanta-se nua...


o céu cobre-se de azul marinho...


a estrela chega de mansinho...


o olhar mostra-se triste...


a lágrima conversa com a boca


e pergunta-lhe:


porque não sorriste?


ao que a boca responde:


porque tu do teu cantinho saíste...


um misto de algo sem explicação...


um aglomerado de almas sem perdão...


um anjo que falha a sua tarefa...


um diabinho que desperta...


uma espada que recorda...


uma princesa que do sono não acorda...


um pássaro que voa...


uma voz que ecoa...


uma folha que dança no vento...


um fugir do pensamento...


um pesar do sentimento...


um choro mudo...


um vazio profundo...


um pássaro que deixa de voar...


uma voz deixa de se ouvir...


um pensamento que se sente a fugir...


uma alma a chorar...








domingo, 2 de novembro de 2008


a noite aproxima-se

e com ela o manto negro do sossego...

os duendes saem do esconderijo,

as águas abrandam,

as crianças dormem o sono dos justos

e os sonhos começam a ser gerados...

os principes selam os cavalos,

as fadas preparam os seus pós mágicos,

as folhas caídas no chão ganham vida,

acha-se a imaginação perdida,

a floresta canta baixinho...

a cor preenche os vazios,

os mares entrelaçam-se nos rios,

as estrelas do mar sobem ao céu,

e sobre ele desenham um místico véu...

chegou o tempo dos sonhos,

chegou a altura dos homezinhos risonhos,

pequeninos e ladinos,

practicarem as suas travessuras...

de jogarem ás escondidas entre malmequeres,

entretidos e alegres,

como as crianças que com eles sonham...

que bela é a visão deles,

onde apenas fadas e espadas,

princesas e sereias,

são os seus deleites,

os seus presentes e enfeites,

próprios do mundo das crianças...

as nossas belas esperanças...





sexta-feira, 24 de outubro de 2008


um pensamento naquele momento...

uma insanidade, uma loucura,

uma verdade, uma clareza pouco pura...

um prazer..

um deleite que dura pouco,

um segundo que vale ouro,

uma alegria instantânea,

uma magia contemporânea,

um viver por querer..

um quilometro por fazer,

um sorriso por nascer,

um pôr-do-sol a acontecer,

um desejo a crescer...

uma musica a tocar,

um anjo com milagres por realizar,

uma fada por contemplar,

um Deus por adorar...

um grito que cala,

uma palavra que fala,

um cheiro que se enala,

um ser que sua alma não apaga...

uma raiva de vencer,

um fogo por acender,

um quarto por encher,

um coração por aquecer...

uma voz que quer se soltar,

uma razão que a quer abafar,

um nó por desatar,

uma encruzilhada por cruzar...

uma amor, uma flôr,

um sonho, um sorriso tristonho,

uma lua, uma mulher nua,

um amr, alguém por amar...

terça-feira, 21 de outubro de 2008


Ando pela vida perdida,
Virando cada esquina receosa,
Por grandes momentos ansiosa,
Por pequenas lutas vencida,
Pelos espinhos dolorosa,
Pelas rosas colorida…
Ando por entre os ventos,
Agarrada àqueles pensamentos,
Pelas gotas da chuva levada,
Pela lua embalada,
Esmagando tormentos,
Enganando rios turbulentos,
Pelo horizonte encantada…
Ando anestesiada,
Por tantos perfumes inebriada,
Como que dormente,
Como que um corpo sem mente,
Desprovida de sentido,
Carente de um sorriso…
Ando pela vida perdida,
Ando por entre os ventos,
Ando anestesiada e sofrida,
Ando por breves momentos…

sexta-feira, 17 de outubro de 2008


se levantai minha gente,

que a vida não mente!!!

acordai meu povo

e nascei de novo!!!!

não perdeis tempo com futilidades ou falsidades...

dai-vos ao trabalho

de apreciar as belezas e verdades!!!

mostrai vossa sabedoria ao conceder o perdão...

contemplai a vossa soberania

quando abrir-des o coração....

se levantai minha gente

que a alegria tornai-vos melhores!!!

acordai meu povo

e aprendei a abraçar o que é novo!!!!

não deixeis que a novidade

vos crie medo e maldade...

dai-vos a benecce de apreciar

o que vos faz pensar...

pensai que o que hoje é certo

amanhã já perdeu a magia...

abraçai o que hoje está perto

e vivei com harmonia...

se levantai minha gente

que a vida não mente!!!

acordai meu povo

e nascei de novo!!!!


voa meu cavalo alado voa...

voa bem alto, como o meu pensamento...

leva-me nas tuas asas para bem longe...

para lá do horizonte...

faz-me sentir o vento que anseio a cada momento...

por ti dou a cara ao medo,

a minha essêcnia á total descrença,

a minha vida pela tua magia...

voa meu cavalo alado voa...l

eva-me contigo no coração...

por entre vales e riachos

onde procuro os meus pedaços...

faz o meu sorriso durar,

o mesmo que tu ajudas a criar...

voa meu cavalo alado voa...

obriga o meu sangue a correr

a cada conquista por vencer...

leva-me onde quieseres mas leva-me...

leva-me no teu dorso,

deixa-me afagar a tua crina

que tanto me ilumina...

deixa-me alimentar da minha infância,

a mesma que tu tantas vezes coloriste...

por favor, não me deixes ficar triste...

voa meu cavalo alado voa...

não me tires os meus sonhos

que por ti são tão risonhos...

no teu silêncio encontro a paz que tanto procuro...

na tua beleza a minha pureza...

no teu sêr o meu sentido de viver...

voa me cavalo alado voa...

mas antes que partas,

preciso de te dizer que sem ti cavalo alado,

o meu mundo é gelado,

a minha vida é uma sinfonia

na qual não existem notas ou acordes,

apenas desilusões ou mortes...

faltas de valores e amores,

mesquinhices e pequenices...

voa meu cavalo alado voa...

leva-me contigo...

faz calar este grito...

o mesmo que chama por ti....

mais um dia de luta,

mais um dia de sorrisos...

mais umas horinhas que se foram passando,

cozinhadas em lume brando...

carros a passar, pessoas a correr,

crianças a chorar e adultos a tremer...

uns pensativos, outros aflitos,

uns a desejar que o dia acabe...

outros a desejar que o seguinte não começe...

mais umas almas que vêm ao mundo,

outras que se perdem por essas esquinas...

pensamentos e momentos tão diferentes e tão iguais...

lobos que se resguardam por diversos canaviais...

mais um sol que se levanta radiante...

mais um dia levado avante...

calma....

estou a chegar....

já atravessei vales e montanhas

para te encontrar....

já apaguei a chama do dragão

para te admirar...

já misturei as cores do arco-íris

para te poder pintar...

calma....

já estou a caminho...

as estradas são perigosas

mas conheço o destino...

as penas do pavão vão abrindo....

as estrelas vão dando o seu brilho...

calma amor....

estou quase a chegar...

para poder ver o teu sorriso

que me encanta...

para poder ouvir a tua voz

que para mim canta...

para poder ver o teu rosto

que me eleva e alcança...

calma...

estou a chegar...

para no teu colo me aninhar....

para no teu beijo me viciar...

para no teu perfume me perder...

para o teu sêr alimentar o meu viver...

calma...

estou a chegar....

para te poder amar....

amanhã...

vai ser diferente!

amanhã...

vou ser gente!

amanhã...

vou mudar o mundo!

amanhã..

vou criar o meu próprio segundo!

amanhã...

vou pegar no meu barco e levá-lo a bom porto!

amanhã...

vou abandonar este local absorto!

amanhã...

vou fugir para não te enfrentar...

amanhã...

vou tudo admirar...

amanhã...

vou pensar que tudo vai ser melhor!

amanhã...

vou acabar com esta dor...

amanhã...

vou acordar para mais um dia!

amanhã...

vou despertar desta minha euforia!

amanhã...

vou ouvir esta musica que na minha cabeça ecoa...

amanhã...

as lágrimas não vão cair!

amanhã....

mais uma vez o sol vai brilhar,

mais uma vez vai existir o mar,

mais uma vez vou poder sonhar,

mais uma vez vai haver

o amanhã...

quinta-feira, 16 de outubro de 2008


sempre que me sinto em baixo,

abro um livro de fábulas

e me delicio com as fadas...

perco-me por entre as florestas

onde reinam os duendes,

escondo-me em tocas de lobos,

pinto-me com as cores dos sonhos,

e deixo-me ir no meu pégaso...

uma sensação de calma,

uma invasão de ternura,

um alimentar de alma,

um atenuar de amargura...

envolvo-me nas asas das fadas,

onde me aninho com vontade,

respiro por bolinhas de sabão,

onde sou eu de verdade,

e tenho por companhia uma ilusão...

nesse mesmo livro de fábulas,

onde secretamente com me encontro com as fadas,

regresso á infância,

volto a ser criança,

e como me faz sentir bem...

poder acreditar que a magia existe,

poder brincar sem controles ou responsabilidades,

onde tudo se assume como verdades,

onde os reinos são encantados....

guardo esse livro no coração,

onde me esqueço da razão,

e me permito voar...


terça-feira, 14 de outubro de 2008


um beijo...

que belo desejo...

um toque...

que melodioso acorde...

um acordar...

que triste despertar...

uma alma presa...

uma certa incerteza...

uma vontade...

uma paixão que arde...

um sentimento...

um verdadeiro tormento...

um pensamento...

livre como o vento...

uma loucura cometida...

uma chama perdida...

um sabor que ganha côr...

um ardôr que ganha fervor...

uma voz que se sente rouca...

uma sanidade que se vê louca...

uma duna sem areia...

um vagabundo que vagueia...

uma vida sem rumo..

um breve segundo..

uma tocha que se apaga...

um luz que não tarda..

um papel perdido entre tantos...

palavras ditas entre quatro cantos...

um amor...

uma dôr..

uma paixão..

um bater do coração...



se me perguntares se estou feliz,

te direi que não...

se me perguntares se estou triste,

também te direi que não...

se me perguntares se estou bem,

não te saberei responder...

se me questionares o porquê,

também eu gostava de o saber...

apenas sei que não estou...

ando porque tenho de o fazer,

falo porque tem de ser,

respiro porque não sei como não o fazer,

mas sinto que me estou a perder...

se me pedires um sorriso,

de agrado to darei...

se me pedires para chorar,

sem nenhum esforço o farei...

se me disseres para ir,

terei toda a vontade em fugir...

se me disseres para ficar,

confesso que me vai custar...

mas terei de me habituar...

a uma dada altura em que questiono tudo,

terei de ir á procura no fim do mundo...

do ponto de interrogação,do ponto de exclamação,

do porquê das suas existencias

e constantes presenças

no meu sêr, no meu coração...

no que me faz sentir tudo até então...