quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Sou vida...a tua...a minha...

Estás seguro? Tens a certeza?
Vamos sentir a força da Natureza...Pronto anjo?
Junta as tuas asas ás minhas,cubro-te no meu manto,
Não vou esquecer nenhum canto!
Queres ver como sou?O que sou?
Sou movimento, a destreza do vento,
A força do mar, o que nunca vai parar....
Sou pensamento, liberdade, o fundamento, a verdade,
O sabor da vida,a que dá a tantos alegria...

Serei eu isso tudo? Ou criatura do mundo?
Os dois! Ontem, hoje,agora e depois...
Serva do mundo,do escravo, da rosa e do cravo,
O que na carne se entranha...Sou quem foi e quem venha,
Sou tapete sem comando,ao mundo me dou e dele venho...


Sou o que sinto,nele me perco e dele me pinto,
de cores que só eu vejo,as de imortal!
Velozes na mente,quentes no presente,
Presa por convenções, tiranos ou patrões,
mas livre no pensar! E como é bom voar...

Sou letras que estrapolam o que outros enrolam,
Vontade, sorriso,o de que o mundo é feito,
Sou qualidade versus defeito,
Sou livre...em pensamento..em viagem...
No meu tapete sou a pura miragem,
Sou dança,sou mulher, sou criança,
Sou gota de água que se perde na tua mágoa....
As que guardo para mim e não partilho,
Sou anjinho sem direito ao seu caminho...

Sou névoa que se esconde trémula,
Carência num mundo de complacência,
Sou ar... Puro, invisivel,posso flutuar, imprevisivel,
Sou fruto do meu mundo....O que eu mesma cultivo,
Nele tudo brilha,tudo tem a sua conquista e partilha,
Aqui posso, neste posso, a fantasia é minha...
Mas vejo que nada tem valor....Que dor...
Mundo de fadas ou de tapetes voadores,
de grandes mestres e imperadores,
de nada servem sem mentores,
Num mundo mudo....Inócuo...Sem cores...

E nisto fico...A eles me confino...Me resigno...
Mais uma vez o meu tapete apenas voa em mim...
Mas quero morrer a ser assim...
Sonhadora de coisas grandes, importantes,
Hoje, num dia normal, onde se mostraram como ficaram,
como a existência os criou, a cruez ditou,
Hoje imagino-os como nunca foram antes...
Antes hoje que ainda as posso sentir
do que o dia que não sei o que vem a seguir....

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Asas velozes...


pego nas minhas asas e faço-me á estrada...
dou à chave e fiel responde...
tal condessa e conde unimo-nos e partimos...
sem sentimentos nem cruzamentos
levamos o sonho ao extremo...
sem paragens por cumprir ou sinais a obstruir,
o sangue leva o comandante...
o acelerador como propulsor, a gasolina a nitroglicerina
e o horizonte a nossa ponte...
a musica dá o mote para norte,
o travão perde a razão e o coração bate forte...
a adrenalina dita a sina, a consciência cede á minha demência
e a energia surge...o tempo urge...
a mesma que me faz ver a estrada como bela cruzada,
a mesma que me tira os limites impostos pela sociedade,
a mesma que me faz dobrar e ser cobarde...
agora não, hoje não, neste momento não!
as curvas assumem as duvidas, as lombas as minhas perdidas contas,
as impostas velocidades, as minhas mentiras camufladas em verdades...
asas que me obedecem no mundo dos que padecem,
penas e plumas que levantam as brumas, cores que me adivinham sabores,
vontades, desejos, verdades, anseios, os que acordada se perdem...
loucuras, delirios, prisões e destinos, esquecidos no pensamento...
Gata borralheira que sobe a carruagem e que não teme a viragem,
Branca de neve que nada teme nem treme,
nem maçã envenenada,nem bruxa malvada,
Espada de Excalibur como trunfo...
Asas que voam, almas que sonham, o céu como destino, a satisfação do tino,
as veias que se revoltam e enchem, as ideias que se juntam e se mexem,
a hora do sonho puro...a luz no escuro...