segunda-feira, 29 de dezembro de 2008


algo invade o pensamento...

algo desprovido de magia ou euforia...

algo que me destrói a alegria...

algo que contamina o sentimento...

sem eu querer ele vem avassalador...

sem eu saber ele escurece o meu redor...

sem eu perceber ele vem cheio de dor...s

em eu deixar ele vem-me fazer chorar...

não lhe permiti a sua entrada...

não lhe deixei que isto me traga...

não lhe dei a direcção ou morada...

mas mesmo assim ele garantiu a sua estrada...

vai ardendo...minando...ganhando terreno...

conheço-o tão bem...

sussurra ao meu ouvido como ninguém...

com a mesma força que vem...

algo que irá passar...me largar...abandonar...

e quando isso acontecer...

a luz irá brilhar de novo no meu olhar...

mas até lá, até esta pedra se desfazer,

vai moendo,corroendo,

marcando e morrendo...

a minha bolinha de sabão colorida vai espreitando,

com as suas cores me pintando...

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008




quem disse que a felicidade não existe?


será ela simbolo apenas do sentimento do amor?


será ela escrava da dor?


será ela mentora da beleza de uma pequena flôr?


quiçá de tudo isso,mas de muito mais....


um sentimento que vale o que vale, ontem, hoje e amanhã...


uma alegria vivida em pleno,


seja ela na musica de uma companhia ou


na pureza de um calor ameno...


palavra tão simples e complexa, que o que tem de bela tem de adversa,


mas que cada um lhe dá o seu valor...


há quem a sinta num beijo,e como é mágico....


há quem a veja num sorriso, e que abrigo....


há quem a viva num sentimento, outros num momento,


tenha ela as cores que tiver, o saber que lhe advier,


ela vem nas pequenas coisas, pequenos traços,


desenhados com absolutos ou com pedaços,


certezas e impurezas,próprias das suas naturezas,


mas que cada um a sente á sua maneira,


isso sente...


utopia ou não, concreta ou não...


ela está lá, a um passo, a um segundo...


pronta a mudar o nosso mundo....


domingo, 21 de dezembro de 2008


"QUE DEUS ?

Quem quer que sejas, onde quer que estejas

Diz-me se é este o mundo que desejas

Homens rezam , acreditam , morrem por ti

Dizem que estás em todo o lado mas não sei se já te vi

Vejo tanta dor no mundo, pergunto-me se existes

Onde está a tua alegria neste mundo de homens tristes

Se ensinas o bem porque é que somos maus por natureza?

Se tudo podes porque é que não vejo comida á minha mesa?

Perdoa-me as dùvidas, tenho que perguntar

Se sou teu filho e tu amas porque é que me fazes chorar?

Ninguém tem a verdade o que sabemos são palpites

Se sangue é derramado em teu nome é porque o permites?

Se me destes olhos porque é que não vejo nada?

Se sou feito á tua imagem porque é que durmo na calçada?

Será que pedir a paz entre os homens é pedir demais?

Porque é que sou discriminado se somos todos iguais?

Porquê que os Homens se comportam como irracionais?

Porquê que guerras, doenças matam cada vez mais?

Porquê que a Paz não passa de ilusão?

Como pode o Homem amar com armas na mão?

Porquê?

Peço perdão pelas perguntas que tem que ser feitas

E se eu escolher o meu caminho, será que me aceitas?

Quem és tu? Onde estás? O que fazes? Não sei

Eu acredito é na Paz e no Amor

Por favor não deixes o mal entrar no meu coração

Dou por mim a chamar o teu nome em horas de aflição

Mas tens tantos nomes, és Rei de tantos tronos

E se o Homem nasce livre porque é que é alguns são donos?

Quem inventou o ódio, quem foi que inventou a guerra?

Ás vezes acho que o inferno é um lugar aqui na Terra

Não deixes crianças sofrer pelos adultos

Os pecados são os mesmos o que muda são os cultos

Dizem que ensinaste o Homem a fazer o bem

Mas no livro que escreveste cada um só leu o que lhe convém

Passo noites em branco quase sem dormir a pensar

Tantas perguntas, tanta coisa por explicar

Interrogo-me ...penso no destino que me deste

E tudo que acontece é porque tu assim quiseste

Porque é que me pões de luto e me levas quem eu amo?

Será que essa é a justiça pela qual eu tanto reclamo?

Será que só percebemos quando chegar a nossa altura?

Se calhar desse lado está a felicidade mais pura...

Mas se nada fiz , nada tenho a temer...

A morte não me assusta o que assusta é a forma de morrer...

Quanto mais tento aprender, mais sei que nada sei

Quanto mais chamo o teu nome menos entendo o que te chamei

Por mais respostas que tenha a dúvida é maior

Quero aprender com os meus defeitos, acordar um homem melhor

Respeito o meu próximo para que ele me me respeite a mim

Penso na origem de tudo e penso como será o fim

A morte é o fim ou é um novo amanhecer?

Se é começar outra vez então já posso morrer ..."



Boss AC



Hoje decidi dar algo diferente a este blog,para além das minhas letras.

Já por diversas vezes que o tive para fazer, e hoje achei que seria o dia.Porquê? Porque a letra desta música dita a pessoa ue sou, diz tudo do que penso,e melhor não o faria...A quem lê o meu blog sonhos, o meu sincero obrigado,e aos que não conhecem o meu blog Pensamentos, os convido a fazer, estando definido como "A minha outra criação" na barra lateral direita, onde parte de mim está escrita em tons menos metafóricos e idealistas, mas sentidas da mesma forma, mais casual.

A todos o meu mais que obrigado, por perderem tempo precioso a ler o que escrevo, e a comentar as letras que aqui são postas...Um bom fim de semana e um Santo Natal...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008


delirios...
delirios de uma alma sem par...
de uma flôr sem o seu desabrochar...

devaneios....
devaneios de tempos perdidos e alheios...
de explosões de amarras e freios...

sonhos...
sonhos presos e contidos...
rasgados em papeis esquecidos...

vontades...
vontades de abraçar o mundo...
de amaldiçoar cada segundo...

purezas...
purezas em simples alegrias...
em bolinhas de sabão coloridas...

pesadelos...
pesadelos vividos e escritos...
sonhados e convictos...

verdades...
verdades contadas em metades...
mentiras que encontram os seus pares...

quimeras...
as que caem em escadas imaginárias...
as que movem as sensações primárias...

amores...
amores quentes e dementes...
os que se iluminam as frentes...
os que dão de comer a quem tem fome...
os que dão de beber a quem tem sede...
os que aquecem quem tem frio...
os que preenchem o vazio...

palavras...
palavras que deixam marcas...
as que criam e apagam mágoas...

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

chocolate


como um chocolate embrulhado,

em papel dourado e amarrotado,

ao abrir, os sonhos vão-se soltando...

a musica que não se ouve ganha os seus tons e acordes,

como presente vindo nos nortes,

num frio que se revela quente....

como algo fundido no doce do seu encanto,

assim se vai construindo o seu manto...

envolvente e docemente,o presente se vai desembrulhando...

pincelado a carvão, com traços de sedução,

laivos de carinho e ternura,

assim se vai criando a mágica mistura...

como um anjinho que protege e cuida,

como um diabinho que almeija e perturba,

como o mistíco do chocolate,

o mesmo que nos presenteia mas que depressa parte,

assim vai sendo o seu sabor...

o agridoce da dança que na boca encanta...

dourado pelo sol da loucura,

amarrotado pela vontade que arde mas cura,

embrulhado em sonhos...

livre, como o pensamento o permite ser,

como o sonho o deixa permanecer,

solto e doce como o seu acordar,

insano como o seu desejar...

domingo, 14 de dezembro de 2008


um sentimento invade as entranhas....
um pensamento varre as varandas da sanidade,
algo que mostra uma verdade,
pura ou impura,
sagrada ou profanada,
quem sou eu para o catalogar?
algo que me impele e puxa,
tal fada com asas ou vassoura de bruxa,
numa noite calma e sã,
num delirio impróprio de alma pagã,
algo se mexe, se move, me comove...
um chamado forte,vibrante e gritante,
um aclamar de cores e sabores,
vindas daqui e dali, deste mundo e do outro,
da cor da prata, não...do ouro..
que luz e reluz, como estrela que me guia
nesta demanda, a de ser eu, franca,
mas como o ser num mundo cínico?
onde as supostas verdades prevalecem sobre as vontades,
as mesmas que a muitos sufocam,
a alguns incomoda e a outros estorvam...
diz-me como mostrar a pureza
através da palavra, da força da mesma,
diz-me como sobreviver num mundo que quer adormecer,
num ninho onde não há certo e errado,
onde se perderam valores e amores,
prevalecem as falsidades e os temores,
como acabar com as terriveis dores?
dizes-me que cego é quem não que ver,
mas será assim?não terá fim?
civilizações ancestrais com poderes reais,
metrópoles construidas sobre ruinas,
ideais surreais...
seja como for, luz, som, seja lá o que fores,
acredito que ainda hajam amores,
puros,imaculados, seguros,
cheios de poder como o teu ser...
cheios de alma como a tua calma..
cheios de amor como a tua dor....
paciência, peço-te paciência...
suplico-te clemência...
a mesma que me deste em tempos de escuridão,
a mesma que me ofereceste em horas de solidão,
as mesmas que acalentaram o meu coração...


sexta-feira, 12 de dezembro de 2008


ao longe um brilho...

no ouvido aquela melodia...

no pensamento aquele sorriso...

no corpo o cheiro a maresia...

ao longe o sonho perde-se no tempo...

perto a sensação de seda...

a um toque aproxima-se o norte...

um vazio que cai no abismo...

um chorar por lembrar...

um pesadelo que desfia um novelo...

um rol de lágrimas perdidas e esquecidas...

apagadas num silêncio que amordaça...

presas numa ilusão de um coração...

ao longe uma réstia de aroma doce e floral...

perto o desejo alemejado e carnal...

no pensamento a saudade...

no sentimento a dura verdade...

na vontade uma chama que arde...

na voz uma melodia que parte...

no escuro o malfadado segundo...

o mesmo que me fez mortal...

triste, vulgar e banal...

o mesmo que me levou o que de ti me restou...

sábado, 6 de dezembro de 2008


pego nas minhas asas e faço-me á estrada...
dou á chave e fiel responde...
tal condessa e conde unimo-nos e partimos...
sem sentimentos nem cruzamentos
levamos o sonho ao extremo...
sem paragens por cumprir ou sinais a obstruir,
o sangue leva o comandante...
o acelerador como propulsor, a gasolina a nitroglicerina
e o horizonte a nossa ponte...
a musica dá o mote para norte,
o travão perde a razão e o coração bate forte...
a adrenalina dita a sina, a consciência cede á minha demência
e a energia surge...o tempo urge...
a mesma que me faz ver a estrada como bela cruzada,
a mesma que me tira os limites impostos pela sociedade,
a mesma que me faz dobrar e ser cobarde...
agora não, hoje não, neste momento não!
as curvas assumem as duvidas, as lombas as minhas perdidas contas,
as impostas velocidades, as minhas mentiras camufladas em verdades...
asas que me obedecem no mundo dos que padecem,
penas e plumas que levantam as brumas, cores que me adivinham sabores,
vontades, desejos, verdades, anseios, os que acordada se perdem...
loucuras, delirios, prisões e destinos, esquecidos no pensamento...
Gata borralheira que sobe a carruagem e que não teme a viragem,
Branca de neve que nada teme nem treme,
nem maçã envenenada,nem bruxa malvada,
Espada de Excalibur como trunfo...
Asas que voam, almas que sonham, o céu como destino, a satisfação do tino,
as veias que se revoltam e enchem, as ideias que se juntam e se mexem,
a hora do sonho puro...a luz no escuro...

terça-feira, 2 de dezembro de 2008


Vem...vem se és corajoso...
Vem!!!
Hoje não te temo,
Hoje não me escondo,
Por isso vem cobarde, vem...
Nem as tuas cores negras, nem as penas que tanto ostentas,
Nem os teus cantos de sereias que com primor tanto me rodeias
me conquistam agora...
Hoje eu sou mais eu!
A que não desisitiu nem morreu,
A que luta sem medo da derrota, a que de coração aberto se mostra,
A que continua a acreditar que para ela há lugar...
Os teus poemas de desencanto na vida,
As tuas frases de loucura,
Que por vezes fazem sentido na minha amargura,
Hoje não prevalecem á pura alegria...
Bem sei que para este sêr não há lugar,
Que o meu sonho não tem par,
Mas não te julgues dono de mim...
Sou livre!!!
Nem que por breves momentos, seja nos meus pensamentos,
Os que não consegues dominar ou comprar,
Controlar ou domesticar...
Neles sou livre,
Como quem verdadeiramente vive...
O simples facto de não me defender
Não mostram fraqueza meu caro...
Mostram a riqueza que adquiri
Neste meu precioso fardo...
És mais forte que eu, daí a minha dependência...
Mas o teu sentido alerta
Sabe que ganhei a minha independência,
O meu ser vence neste mundo de querer...
As tuas cores vibrantes
Que me inebraiaram por instantes,
Perduram é certo...
Mas luto pelo que me mostras incerto,
Luto pelo que me mostras como sêr cego
Mas que tanto quer ver...
Vem Solidão, como uma noite quente de Verão
Que tantas vezes me aquece no Inverno...
Mas para que saibas, não te prezo nem te quero
Mesmo que me digas que não...
Mesmo que digas que sou a tua companhia perfeita,
Com que tantas vezes a tua sombra se deleita,
Te faço frente, pequena e carente,
Mas que protege a sua gente,
Cada pedaço de si, cada alma sua que sorri,
Cada lágrima sua que cai descrente,
Mas que a deixa cair, sorri e contente,
Por viver, por nascer,por morrer...

E que é bom viver...