
algo me corrói...
nem sei que nome irei dar
a este infame sentimento que dói...
de tons escuros e deprimentes,
com laivos e traços carentes,
de uma obscuridade tal
que transforma o meu sêr cor de cal...
ao pegar num dicionário que leio de ponta a ponta,
nem mesmo no seu contrário
encontro o que me deixa tonta...
sonho? nem por sombras...
um pesar tristonho?
tanto como as minhas forcas...
palavras não ditas porém escritas,
sonhos e pesadelos...são os meus delirios e flagêlos,
as minhas guerras e batalhas
que espalho no meu vento como se fossem cinzas...
migalhas de aço com que todos os dias me debato...
amostras de uma realidade surreal..
sonhos de um vagabundo fraco,
que perdeu o rumo num mundo banal...
sem caminho ou guia
segue o meu sêr vagabundo com o que almejou um dia...
uma luz subtil e sadia
uma lágrima perdida...uma alma limpa...