Fecho os olhos…

Vejo cores e sabores,

Toco em cetim… Cerro os dentes…

Sinto um gosto de quero mais,

Perco-me em sensações,

Transito para lá dos comuns mortais,

Cubro-me de cheiros transcendentais…

Viajo na minha bola de sabão…

Dou-lhe tonalidades únicas,

Horizontes inalcançáveis,

Pontes inquebráveis,

Fervores memoráveis…

Tudo sem sair do meu lugar,

Tal é o poder do meu pensar…

Dou por mim a sorrir,

Qual criança com brinquedo inovador…

É a minha maneira de poder fugir

A este mundo sem cor…

Como eu queria ser um pássaro…

Um simples e bonito beija-flor…

Que se contenta com uma pequena flor…

Com um mudar de vento ou maré,

Que se alimente de fé...

Com um novo blog, diferente deste e do pensamentos, vos convido a visitá-lo e a deixar as vossas opiniões sobre ele, sendo o mesmo:

www. vontadeseverdades.blogspot.com \ delirios

Claro está que tanto este como o pensamentos se manterão, fieis e actualizados sempre que possivel, como tenho feito, e merecedores de todas as vossas leituras e atenções como até agora.

um bj endiabrado e boa semana que começa....

uma sala vazia...

uma melodia que se vai ouvindo ao longe...

passos que se aproximam levemente...

uma criança nasce a cada segundo que passa...

uma estrela que se perde no infinito..

uma alma que perde o seu brilho....

um riacho que corre para o lado contrário...

um vento que sopra indeciso...

um caminho sem ida ou vinda....

uma sala vazia...

um cigarro que arde....

um grito de ajuda que ninguém ouve...

uma vida que acaba num canto qualquer...

uma escuridão que aparece com as horas...

palavras presas na garganta...

uma sala vazia..

uma mente cheia de dor e duvida...

uma porta que não abriu...

um sofrimento que não saiu...

um acordar para a vida...

uma caixinha de pandora perdida...

vou por aqui? secalhar... ou por ali?apesar de...

que indecisão....

fico ou vou? abro asas ou fecho-as?

serão de anjo ou diabinho?

nenhumas me mostram o caminho...

afogo-me ou liberto-me?acho-me ou perco-me?

se estou lá quero estar cá,

se agora quero preto,depressa mudo para branco...

seja no sol que me aquece ou

na noite que me esquece...

seja na cadeira de um trono encantado

ou na simplicidade de um banco...

quero ser o que não sou,

quero ter o que não tenho,

que esgamamento de sentimento....

gosto de mim hoje mas não amanhã,

adoro algo agora que vou detestar depois,

o que outrora foi um se revela como um dois,

o que se mostra real vira fantasia,

impulsividade em demasia,

inconstância em ultima instância...

escorpião de alma e coração,

com o seu fervor, calor e amor,

amante fiel do sabor a mel,

viciada no ópio do fel,

crente na vida e no momento....

este sim é o meu alento...

sem um rascunho na minha escrita,

seja agora, ontem ou no que há-de vir...

escrevo porque me sinto existir...

um vão de escada...

um vendaval que a tudo assiste,

uma respiração ofegante que não resiste,

uma conspiração que os atira ao chão...

uma vontade que se sobrepõe à verdade...

um impulso que salta do muro,

um miar de gato pardo,

uma inconstância que eleva a outra instância...

um vão de escada...

uma noite que tarde acaba,

um grito mudo que pelo olhar cedo fala,

um poder de corpos que tudo faz acontecer...

uma magia que no escuro irradia...

uma caneta que escreve com gotas de suor,

um papel que envolve o seu redor,

marcas invisíveis a olho nú...

insignias gravadas a crú...

um esculpir de seres a sorrir...

um vão de escada...

o tempo pára,a história é escrita de novo...

tudo se torna irrelevante, menos aquele momento...

olhares que se trocam no meio da noite,

toques e suspiros que se prendem no pensamento...

um vão de escada...

perdida... sem rumo...

sem querer sequer sentir ou pensar...

apenas pegar num infimo segundo

e parar de sorrir ou chorar...

um sangramento ficticio...

uma rábula fechada..

um adormecer vitalicio...

uma fábula com história contada...

um vento que leva e não traz...

uma chuva que lava a rua...

uma magia que não se faz...

uma verdade crua...

um encanto que se perde...

um desencanto que se ganha...

um sorriso que não se merece...

uma desilusão que se apanha...

uma tristeza que volta...uma sombra de roda...

mas tudo passa...a alegria tem muita raça...

a sombra perde terreno

e o sol ganha contornos dourados...

e assim são escritos os meus pedaços...

ventos, tempestades,ciclones,

venham até mim...

reúnam-se com as vossas forças

e mostrem-me os vossos poderes ocultos,

ilmunimem-me com as vossas forcas,

abanem-me as fundações,

afoguem-me nos vossos interiores,

limpem-me destes sentimentos impuros,

sacudam-me nas vossas dores....

reis da Natureza,detentores de tanta nobreza,

levem-me....seja para onde for, mas levem-me....

para um mar revolto em fúria,

onde o sal seja a minha balança,

a espuma a minha esperança,

e a bondade a minha chave.....

vento,leva a minha demência,

tira-me esta carência....

tempestade,mostra-me a tua verdade...

faz com que a minha seja a tua....

a mesma que me revela como impura....

ciclone,gira em torno de mim....

pincela-me com tons marfim....

mostra o que de bom há em mim....

deixem-me ser livres como o vosso existir,

ser forte como o vosso norte,

bela como a vossa caravela,

inalcansável e intocável,poética e drástica

como a vossa mágica....

vento, ciclone, tempestade....

façam de mim a vossa verdade....

horas que passaram e não voltaram....

minutos que contaram para algo menos uma história

que vai ficar na memória...

um segredo que não dito ou confessado,

um papel que não foi escrito nem lacrado,

uma existência sem essência....

uma flôr que nasceu e morreu

e ninguém se apercebeu...

uma chuva que caiu e um arco-irís que não abriu...

uma gota que um olho verteu....

um sonho que com ela o brilho perdeu....

uma liberdade que não virou verdade,

uma duna que se viu perdida e atingida,

uma miragem que perdeu a coragem....

uma alma que não embarcou naquela viagem....

a tristeza, a raiva,o ódio

aparecem quando não devem, ou até devem...

a revolta de sonhos criados, a doçura de beijos roubados outrora

parecem fel nesta hora....

a amargura de algo imaginado como um sempre

desaba de repente...

esse amor não dura....que verdade fria e crua....

mas há um amor que não se desfaz no tempo!

o de quem sorri na neve quando brinca,

o de quem pergunta o que o intriga,

o de quem ama sem olhar á fadiga....

o que larga uma lágrima de felicidade

por te ter como verdade,

o que numa almofada te confidencia

que és a estrela que o guia...

quantas vezes se pensa em desistir,

quantas vezes a fraqueza alcança,

tantas vezes a vida maltrata, fere, mata,

mas o sonho de um pirata nunca acaba!!!!

o de ter como prenda ou oferenda,

o de te ter como ídolo,um ser que te faz sorrir

e que o faz sorrir...

escorre sangue pelo ouro,explode a carne em mãos,

não se suja desse sangue,imundo e impuro,

o do mundo sem ti!!!!!!!!!!!!

embora doa,há que lutar, terrenos agrestes por desbravar,

mas que no final um sorriso maroto

pequeno,importante e inocente

tudo apaga....





Este é para ti.....

nas minhas mãos levo a esperança do coração...

no pensamento
a lembrança de uma recordação...

nos olhos o brilho de um sonho ainda por viver...

nas veias muito sangue ainda por correr...

na cabeça os objectivos de caminhos prédefinidos,
na alma a sombra
de um um relógio que não perde a conta...

na minha pequenez,a grandeza ganha timidez...

na minha demanda a sociedade comanda...

enquanto as trevas urbanas e as pessoas mundanas
absorvem-me sem fim...

caminho em direcção ao horizonte...

não olho para trás, esqueço os demais
e sigo os meus finais...

levo comigo a esperança

de um dia ser uma boa lembrança...

como o vento, como a chuva...

como o sol, como a lua...

como o mar que me faz sonhar...

uma palavra que não foi dita...

um olhar que não foi trocado...

um sentimento que foi partilhado...

um querer intocado...um céu imaculado...

uma lua nua e pura...uma leveza unica...

um sabor suave e doce a uva...

uma falta de censura, preconceito...

vidas ou expreriências dúbias...

um sorriso que nasce do vento...

um apegar do sentimento...

uma ideia simples, que noção de provamento....

que falta de consciência, como é boa a inocência...

um fechar de olhos e um sorriso nascer...

um apagar de coisas que se quer esquecer...

uma casta reservada para uma noite dourada...

uma carta escrita num pergaminho...

o abrir de um novo caminho...